O mercado de trabalho brasileiro vive momentos bem complexos. Embora o governo apresente números de taxa de desemprego em menores níveis em anos. A geração de vagas de trabalho de carteira assinada está desacelerando.
Conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) o Brasil registrou 129775 postos de trabalho com carteira assinada no mês de julho, uma redução de 20% quando comparado a meses anteriores.
Lembrando que o saldo de novas vagas de emprego é calculado com base no resultado da diferença entre admissões, que somaram 2.251.140 no mês de julho, contra 2.121.665 desligamentos.
Resultado abaixo da estimativa do mercado
Os resultados apresentados ficaram abaixo das estimativas iniciais do mercado, que apostavam em números próximos dos 138 mil. No entanto, para alguns especialistas, o saldo positivo acaba sendo um ponto interessante.
Um outro dado interessante trazido pelo CAGED está relacionado ao estoque de trabalhadores de carteira assinada, que no mês de julho bateu um novo recorde, somando 48.544.64.
Mas, vale ressaltar que até o mês de julho, o total de admissões cresceu em média 5% quando comparado aos primeiros meses do ano. No entanto, o número de demissões cresceu 6,8% chegando a 14.837.759.
Assim, os números finais de vagas criadas no decorrer do ano até o mês de julho foram de 1.347.807, ou seja, uma queda ascendente de 10,3% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram criadas 1.503.467.
Segundo Luiz Marinho, o ministro do trabalho, o motivo para a redução nas ofertas de emprego está atrelado à política monetária aplicada pelo Banco Central, que sinalizou que deve manter a taxa básica Selic em 15% ao ano por um longo período.
Segundo fala do ministro, os juros altos acabam se tornando um problema maior até mesmo que as restrições de outros países, como os Estados Unidos. Quanto maiores forem os juros cobrados, maiores as dívidas das empresas, mais o caixa encolhe e menos oportunidades de emprego são geradas.




















