Milhares de pessoas em todo o mundo enfrentam problemas ligados a vicios, abusando de álcool e substancia ilícitas, de acordo com um relatório da ONU mais de 292 milhões de pessoas em todo mundo já consumiram alguma substância psicoativa, o que é um aumento de 20% nos últimos 10 anos.
Para se ter uma ideia, de acordo com a ONU o consumo de álcool causa a morte de mais de 3 milhões de pessoas por ano ao redor do globo, esses dados comprovam como o problema com vícios em bebida e drogas é alarmante em todo o mundo.
O vicio pode ser desencadeado por diversos fatores, como depressão, ansiedade, traumas, dificuldades financeiras e até mesmo estresse. Segundo o relatório global World Mental Health Day de 2024 o Brasil é o 4º país mais estressado do mundo.
Sabendo que a rotina e o estresse são muitas vezes fatores que podem piorar ou desencadear a dependência em drogas, vamos falar sobre profissões onde esses consumos são maiores de acordo com um estudo conduzido pela SAMHSA.
Os levantamentos da Pesquisa Nacional sobre Uso de Drogas e Saúde (NSDUH), conduzida pelo SAMHSA nos Estados Unidos, apontam que cerca de 9,5% dos trabalhadores em tempo integral apresentam algum tipo de transtorno por uso de substâncias.
No entanto, esse índice se torna mais alto em algumas profissões e isso de certa forma pode estar ligada as condições de trabalho exaustiva. Embora o estudo tenha como base o cenário norte-americano, ele reflete uma preocupação global.
10. Equipes de emergência
Esses profissionais são muito importantes para a sociedade e neles estão policiais, bombeiros e paramédicos que comumente são os primeiros a lidar com tragédias, acidentes e desastres.
Eles estão a frente de situação complexas que podem gerar um alto nível de estresse e conforme os dados do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, cerca de 25% dos policiais apresentam algum tipo de dependência com estimativas apontando índices de 20% a 30% de transtornos ligados ao consumo de substâncias.
Já a pesquisa da SAMHSA que estamos usando como base, apontou que quase metade dos bombeiros entrevistados no estudo relatou o consumo excessivo de álcool em algum momento número muito superior à média nacional de 15%.
9. Advogados e procuradores
Esses profissionais que levam anos para se formar e passar em concurso muito difíceis tem dados preocupantes relacionados ao consumo de álcool, segundo um um estudo da American Bar Association 1 em cada 5 advogados tem problemas com bebidas
Esse número é quase o dobro da média entre profissionais com nível de escolaridade semelhante e segundo o estudo os mais jovens são os mais afetados com o problema.
Esses jovem são os mais afetados, tanto em transtornos de dependência quanto em problemas de saúde mental. Conforme os dados alguns desses problemas estão relacionados a carga horária pesada e as dívidas da formação acadêmica
8. Gestores, executivos e empresários
Essas profissões estão geralmente ligadas a cargos de prestígio, no entanto, também estão entre as 10 que apresentam maiores problemas com vícios de drogas e bebidas.
Conforme o estudo 12,1% dos profissionais entrevistados para NSDUH relataram o uso de drogas ilícitas, além disso, 11,5% deles enfrentaram problemas de dependência no ano anterior ao período da pesquisa.
Um fator que agrava a situação é que como essas profissões são consideradas de prestigio esse grupo raramente busca ajuda, por medo de prejudicar a imagem profissional ou comprometer o cargo.
7. Vendedores
Trabalhar com vendas não é fácil, lidar diariamente com a pressão das metas, jornadas irregulares, várias horas de trabalhos e intensa vida social, muitas vezes aumenta vulnerabilidade ao consumo de substâncias.
Os dados da SAMSHA mostram que esse cenário é preocupante principalmente em alguns setores, de acordo com a pesquisa 11% dos trabalhadores de imóveis e locação e 10,5% dos vendedores do varejo afirmaram ter feito o uso drogas ilícitas.
No entanto, não está limitado apenas a esse setores, já que no geral, cerca de 10,5% dos profissionais de vendas apresentam sinais de transtorno por uso de substâncias.
6. Profissões de Informação e comunicações
Neste setor encontramos profissões de telecomunicações, marketing, mídia e tecnologia. Embora o consumo de álcool desses profissionais não tenha sido tão alarmante, a preocupação ficou no consumo de substâncias ilícitas.
Segundo a pesquisa da SAMSHA, 12% dos entrevistados relataram o consumo de alguma substância no mês anterior ao período do estudo, sendo que deles 19,3% assumiram ter feito o o abuso de analgésicos prescritos.
Muitos desses profissionais lidam diariamente com ambiente extremamente competitivos e prazos muito apertados, isso ajuda a explicar a alta incidência de dependência nessa categoria.
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5. Médicos e profissionais de saúde
Esses profissionais estão sendo cada vez mais demandados principalmente pelo envelhecimento da popular que hoje vive cada vez mais. No entanto, a área de saúde sofre com o estresse diário.
Mesmo cuidando da saúde de outras pessoas o estudo apontou que médicos e profissionais da área apresentam taxas preocupantes de abuso de substâncias, sendo estimado que 14% deles se enquadrem em critérios de transtorno de uso, sendo comum o consumo indevido de medicamentos controlados.
A Clínica Mayo fez um levantamento que apontou que quase metade dos médicos em programas de acompanhamento abusava do álcool e mais de um terço fazia mau uso de opioides.
4. Artes, entretenimento e lazer
Neste grupo estão diversos profissionais, como músicos, atores, até atletas, treinadores, árbitros e curadores. Segundo o estudo aproximadamente 14% dos entrevistados relataram uso de drogas ilegais no no mês anterior ao período da pesquisa.
Além disso, aproximadamente 12% admitiu ter feito o abuso de álcool segundo a NSDUH. Não é de hoje que profissões ligadas a criatividade são ligadas a dependência de drogas e álcool já que grandes estrelas acabaram falecendo de overdose, por exemplo.
Muitas vezes a pressão por desempenho, aliada a necessidade criativa e a vida social intensa ajudam a explicar os números acima da média.
3. Restaurantes e serviços de alimentação
O setor de alimentação é amplo e gera mais de 15 milhões de empregos, dentre eles estão garçons, bartenders, chefs e organizadores de eventos e esses profissões são os com maiores taxas no consumo de drogas ilícitas com 19,1% nos últimos 30 dias, anteriores a data do estudo da SAMHSA.
Quando se refere ao consumo de álcool ele é inferir aos trabalhadores da construção civil, com 12% dos trabalhadores revelando ter abusado de bebidas alcoólicas de acordo com dados da NSDUH.
Esses profissionais costumam ter uma rotina exaustiva e acelerada, além de contato constante com bebidas alcoólicas, além disso, esses trabalhadores podem sofrer bastante com o estresse o que leva a área a ser uma das mais vulneráveis à dependência.
2. Trabalhadores da construção civil
Infelizmente o estudo apontou que quando se trata do consumo de álcool esses profissionais ficam em 2ª lugar com 16,5% dos entrevistados relatando o uso exagerado, no entanto, no consumo de drogas ilícitas chega a 11,6% o que é maior do que dos profissionais da mineração.
Na área a maioria dos trabalhadores são homens e estatísticas epidemiológicas realizadas em diversos países apontam consistentemente que o consumo de drogas e bebidas é maior em homens do que em mulheres.
Sendo assim, este acaba sendo um grupo suscetivelmente mais vulnerável ao consumo de drogas e álcool, que aliada as longas jornadas, esforço físico intenso e repetição de tarefas levam a profissão a um risco maior de dependência.
1. Trabalhadores da mineração, pedreiras e petróleo
Geralmente esses trabalhadores têm uma jornada de turnos de 12 horas por várias seguidas, com poucas horas de descanso em um trabalho exaustivo.
Segundo o estudo mineradores, perfuradores, operários de pedreiras e funcionários de plataformas de petróleo registram o índice mais alto quando falamos no abuso de álcool entre todas as profissões pesquisadas.
O levantamento mostra que 17,5% dos entrevistados relataram ter exagerado no consumo de bebidas no mês anterior ao período da pesquisa e isso é quase quase o dobro da média nacional norte-americana.





















